quinta-feira, 29 de março de 2012

FÁBULA DA ÁGUIA-GALINHA


Certo dia, um camponês foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo na sua quinta. Conseguiu encontrar um filhote de uma águia e levou-o para a sua casa, colocando-o no galinheiro junto às galinhas e assim, esta ave cresceu como uma galinha.
Passaram-se cinco anos! Nessa altura, o dono da quinta recebeu em sua casa a visita de um naturista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturista:
- Oh, mas que estou eu a ver? Esta ave, não é uma galinha. É uma águia.
- Tem razão! De facto, é uma águia, mas eu criei-a como uma galinha e ela agora já não é mais uma águia, mas uma simples galinha como as outras.
- Não, rejeitou o naturista.- Ela é, e será sempre uma águia, porque o seu coração a fará um dia voar até às alturas.
- Mas é claro que não, - insistiu o céptico camponês - ela passou a ser uma galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer um teste. O naturista pegou na águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que és de facto uma águia, já que pertences ao céu e não à terra, então abre as tuas asas e voa!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturista. Olhava distraidamente em redor, mas depois viu as galinhas lá em baixo, picando os grãos e pulou para junto delas.
O camponês triunfante, comentou:
- Eu bem lhe disse, que ela é agora uma simples galinha!
- Não, tornou a insistir o naturista. - Ela é uma águia! E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturista subiu com a águia ao tecto da casa e voltou a sussurrar-lhe.
- Águia, já que és uma águia, abre as tuas asas e voa!
Mas, quando a águia viu lá em baixo as galinhas a picar o chão, pulou dos braços do homem e foi juntar-se a elas.
O camponês sorriu triunfante e voltou à carga:
- Eu bem lhe disse que ela é uma galinha como as outras, porque foi criada com elas e já não consegue ser outra coisa!
- Não, respondeu firmemente o naturista. - Ela é uma águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez e amanhã vou fazê-la voar.
E no dia seguinte, o naturista e o camponês levantaram-se muito cedo. Pegaram na águia e levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava a nascer e dourava os picos das montanhas.
O naturista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que és uma águia, já que pertences ao céu e não à terra, abre as tuas asas e voa!

A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse uma nova vida. Mas não voou. Então, o naturista segurou-a firmemente, bem na direcção do sol, de forma a que os seus olhos pudessem encher-se de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu as suas potentes asas e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. Nesse instante começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou e nunca mais voltou.

Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização.
Oxalá esta história nos faça pensar um pouco…
Existem pessoas que nos fazem pensar e agir como galinhas. Assim, até pensamos que somos efectivamente galinhas, em sentido figurado claro, mas esta é uma realidade do nosso dia a dia.
Porém, é preciso ser águia! Abrir as nossas asas e voar. Voar como as águias. E, jamais nos devemos contentar com os grãos que jogam aos nossos pés, para picarmos os miseráveis grãos que fazem de nós verdadeiros escravos.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Teatro da Vida

Nos dias que correm, a vida é muitas vezes encarada como uma peça de teatro, mas uma daquelas peças bastante artificiais...
O materialismo é o objectivo absoluto para muitos e talvez por isso mesmo, aparentemente, vivemos numa história de falsidades, fingimentos, traições e cada vez mais sentimos que vivemos numa história sem valores...
As coisas até decorrem com determinada ordem quando as vontades do homem são satisfeitas, o problema reside essencialmente quando existem conflitos de interesses.
Transformamo-nos em autênticos bichos numa luta sem tréguas pela sobrevivência! Até onde vai a nossa irracionalidade? Até que ponto esta, será uma luta pela sobrevivência?
Que forma doentia é esta de estar no mundo, em que os bens materiais são encarados como a forma mais fácil de nos mostrarmos aos outros, mas... afinal a menos inteligente?!
Que seres somos nós que, perante sentimentos tão nobres, nos moldamos e caímos em falsos moralismos?
É certo, e está provado, que somos seres repletos de fraquezas, seres solitários. Seres que nem sempre estão dispostos a andar em uníssono com o seu semelhante, porque só podemos conquistar o nosso semelhante quando baixamos a nossa guarda e nos apresentamos despidos e sem preconceitos, na esperança que o outro confie em nós e que nos mostre a sua alma, os seus medos... é então, quando nos tornamos vulneráveis.
Entramos nessa altura noutra história, em que os actores são os mesmos mas as motivações vão para além do conhecimento superficial, o politicamente correcto. E é aqui, que está a verdadeira e extraordinária essência do homem.
Aquele que, sem interesses, é capaz de actos heróicos, aquele que se sente complacentemente orgulhoso do sucesso dos que o rodeiam, o que é capaz de estender a mão e ver no outro a sua continuação, o seu complemento, o seu prolongamento...
Nesta fase do contexto tomamos consciência da profundidade da natureza humana que se traduz em relações de tanto contraste... e de quão frágeis somos, por vivermos numa sociedade mascarada, num teatro aberto, em que todos somos actores com máscaras diversas, que representam muitas peças, muitas personagens enganadoras e patéticas, numa sociedade em que o grande desafio está em conseguir descobrir as pessoas que estão por debaixo de cada máscara.
Somos nós que fazemos a sociedade em que vivemos e por isso, cabe-nos a nós tentar alterá-la, nem que seja através de pequenos gestos...

terça-feira, 27 de março de 2012

Dia do Teatro

Hoje é o dia de lembrar duas classes das artes cénicas: no âmbito nacional, a vez é do circo, lugar onde é possível desfrutar momentos agradáveis proporcionados por palhaços, malabaristas, acrobatas, equilibristas e toda a magia que vem dos intrigantes truques dos ilusionistas.
Mas o dia 27 de Março, é um dia dedicado ao teatro em todo o mundo e ao seu conjunto complexo de profissionais, que actuam nos palcos e bastidores, com o intuito de provocar no público os mais diversos sentimentos.
O Teatro nasceu de uma civilização antiga, em Atenas, associado ao culto de Dionísio, divindade da vegetação, da fertilidade e do vinho, cujos rituais tinham um carácter orgiástico.
As representações teatrais tinham lugar em recintos ao ar livre, construídos para o efeito.

Os teatros gregos tinham tão boas condições que os espectadores podiam ouvir e ver, à distância, tudo o que se passava em cena, mesmo tratando-se de uma assistência muito numerosa. Isso devia-se, por um lado, ao facto de as bancadas se abrirem em leque sobre a encosta de uma colina e, por outro lado, a diversos artifícios utilizados em cena.
Os actores usavam trajes de cores vivas e sapatos muito altos para ficarem com uma estatura imponente. Cobriam o rosto com máscaras, que serviam, quer para ampliar o som da voz, quer para tornar mais visível à distância, a expressão do personagem.

Um aspecto curioso é que, em cada peça, só existiam três actores, todos do sexo masculino. Cada um deles tinha que desempenhar vários papéis, incluindo os das personagens femininas. A representação dos actores, em cena, era acompanhada pelos comentários do coro, que se movimentava na orquestra, juntamente com os músicos.
Havia dois géneros de representações: a tragédia e comédia.

As tragédias eram peças ou representações que pretendiam levar os espectadores a reflectirem nos valores e no sentido da existência humana.
As comédias eram, por sua vez, peças de crítica social que retratavam figuras e acontecimentos da sociedade da época, ridicularizando defeitos e limitações da actuação dos homens, provocando o riso na assistência.
O mais conhecido autor de comédias da Antiguidade, foi Aristófanes. De entre inúmeras outras peças suas, destaca-se "A revolução das mulheres", que faz uma sátira aos costumes políticos e às diferenças entre os sexos.
Outro género teatral muito difundido é o drama, que nasceu no século 18, em França e que leva ao palco, situações quotidianas e conflitos de pessoas comuns.

Monta-se um palco de vozes,
de gestos e alegorias
onde actuam actores e mimos
com as suas fantasias
e onde o velho Gil Vicente
faz questão de estar presente
representando os seus autos
ali mesmo à frente,
que o teatro é a magia
da palavra transformada
em sonho e em poesia
com a varinha encantada
de uma tragédia antiga
em que Romeu e Julieta
entoam uma cantiga
tão suave e tão secreta
que mais parece um madrigal
onde se canta o amor
em toada teatral,
nesse palco iluminado
de uma história intemporal.

José Jorge Letria
in "O livro dos dias"

sexta-feira, 23 de março de 2012

Desabafos & Confidências no WC


Há uma coisa que me faz uma certa comichão nos neurónios! Não será coisa para me tirar o sono todas as noites, mas é coisa pra me pôr a pensar sempre que vou a uma casa de banho pública.
Calma! Não vem aí nada de obsceno ou de odor pouco agradável.
Refiro-me a todo um conjunto de declarações de amor, insultos, contactos telefónicos e desenhos que "embelezam" as portas das nossas casas de banho públicas, desde escolas, Centros Comerciais e até mesmo nas universidades (este último preocupa-me dada a idade cronológica de quem as frequenta).
É que nunca percebi o porquê da escolha daquele preciso local, para tais desabafos e confidências!
Ora bem, de que vale a Maria escrever na porta do WC das meninas que ama muito o Manel, se o Manel (supõe-se que) não vai lá entrar?
Outra: de que vale escrever na porta da casa de banho das meninas que o João é um boi e isto e aquilo, se "Joões" há muitos e nenhum deles frequenta aquele espaço?
Meninas que insultam outras meninas, por entre portas de casas de banho, está no topo das minhas preferências. É que dada a descrição pouco pormenorizada dos alvos daquelas doces palavras, até eu já me senti insultada e ofendida entre um xixizito e outro.
Mas o que mais me agrada nessas visitas humanamente necessárias a estes cubículos é encontrar um tipo de "Hi5 WC Door". Mas qual lista telefónica de telemóvel topo de gama, qual MSN, qual Hi5, essa agência matrimonial do século XXI!
Nada como um aliviar de bexiga (ou outros) para aumentarmos a nossa rede de contactos sociais! Mas o mais curioso é que este “Hi5 WC door”, incentiva, maioritariamente, à amizade mas… com o mesmo sexo, embora também seja verdade que existem rapariguinhas que, em jeito de vingança atroz, colocam lá o número de um qualquer rapazito a quem deram demasiada importância e que no final se revelou parente próximo dos mais diversos animais.

Para terminar, temos as intelectuais das casas de banho, que adoram uma boa reflexão acerca das mais diversas áreas da vida e que não são fãs de cadernos, computadores ou essas modernices dos blogs e então fazem da porta a sua maior confidente.
Resumindo, ir a uma casa de banho pública sempre foi, para mim, um divertido exercício de análise ao outro. Confesso que após tantos anos a frequentar esses locais, continuo sem perceber o que está por trás de tal comportamento de catarse humana. Ainda assim, vale pela animação que esses seres proporcionam entre o subir da saia e o puxar do autoclismo.
Eu nunca escrevi numa porta de casa de banho...deve ser por isso que precisei de criar um blog...

Atenção elementos do sexo masculino! Esclareçam-me se nas vossas casas de banho também são presenteadas com estas pérolas, por favor. Será isto mais um elemento de diferenciação de género?

quarta-feira, 21 de março de 2012

É Primavera!


Chegou a Estação de todas,
a mais charmosa.
Traz o perfume das flores;
Traz belezas, como a rosa...
Deixa tudo mais bonito
desde a Terra ao infinito;
Torna a vida esplenderosa!

FELIZ PRIMAVERA!

Dia da Poesia

Todas as linguagens têm a sua poesia. A poesia contribui para a diversidade criativa, usando as palavras e os nossos modos de percepção e de compreensão do mundo.
O Dia Mundial da Poesia celebra-se hoje, dia 21 de Março e foi criado na XXX Conferência Geral da UNESCO a 16 de Novembro de 1999.
É um dia que celebra assim, a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, criatividade e inovação.
Habitualmente este dia é comemorado em todo o mundo e também em Portugal, com várias iniciativas e eventos, tais como feiras do livro, concursos de poesia, recitação de poemas e outras iniciativas de cariz cultural.
Esta celebração faz ainda uma reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de cada pessoa.
Deixo aqui um poema de um dos poetas meus favoritos: Fernando Pessoa do “Cancioneiro”:

Tenho Tanto Sentimento

Tenho tanto sentimento,
que é frequente persuadir-me
de que sou sentimental.
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isto é um pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos os que vivemos,
uma vida que é vivida
e outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é, a verdadeira
e qual a errada,
Ninguém nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
é a que tem que pensar.

segunda-feira, 19 de março de 2012

DIA DO PAI


Pai!
Foste o meu herói e o meu bandido.
Hoje, és mais que um amigo
És o meu porto de abrigo...
FELIZ DIA DO PAI!

domingo, 18 de março de 2012

Solidão...

... é não ter amigos e sonhos para realizar...

Como podemos definir a "solidão"? Será um vazio deixado pelas perdas? Será o esquecimento de viver?
Muitos factores podem despoletar esse sentimento de solidão, com qualquer pessoa, em qualquer idade, uma vez que a solidão resulta muitas vezes de deficientes comunicações sociais e porque também é um fenómeno psicológico, que resulta de insatisfação de contactos sociais que leva à depressão e ao suícidio.

Por vezes, quando alguém perde um ente querido, essa falta deixa um vazio tão grande, que muitas vezes a pessoa não sente coragem para prosseguir no seu dia a dia, porque a vida fica sem sentido e nem sente coragem para pensar em novos projectos.
Para alguns idosos a solidão é sentida como um sentimento importante nas suas vidas. É o momento de reflectir e repensar atitudes, é o momento necessário para um reencontro pessoal e fazer uma profunda reflexão dos factos ocorridos na sua vida, talvez para se encontrar consigo mesmo.

Mas os seres humanos não nasceram para viverem sós. Nós somos seres gregários, precisamos de companhia, do carinho, da proteção, da amizade, do compartilhar.
É na troca dentro das relações ou papéis que representamos, que desenvolvemos competência para interagir com cada um deles, pois na vida humana o que nos diferencia dos nossos irmãos animais, são os processos de aprendizado estabelecidos na relação com o seu semelhante.
O pior tipo de solidão, é aquela que, mesmo em companhia de pessoas queridas, sentimos o vazio, a falta de alguém ou algo.

Deus costuma usar a solidão,
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes, usa o tédio, quando quer
mostrar-nos a importância da aventura e do abandono.

Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.

Outras vezes usa a doença, quando quer
mostrar-nos a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
mostrar-nos a importância da vida.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher sofre...

Apesar de, actualmente, perante a lei da maioria dos países, não existir qualquer diferença entre um homem e uma mulher, porém, na prática, demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade.
Mas, se no âmbito familiar se assiste a uma rápida mudança, na sociedade em geral a situação da mulher está ainda sujeita a velhas mentalidades que, embora de forma não declarada, cerceiam a sua plena igualdade.
O número de mulheres em lugares directivos é ainda diminuto, apesar de muitas delas demonstrarem excelentes qualidades para o seu desempenho. Hoje, as mulheres estão integradas em todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo, apenas eram atribuídos aos homens, nomeadamente a intervenção em operações militares de alto risco.

Mas os "velhos" problemas persistem nos dias de hoje e, é no seio familiar, que a violência contra as mulheres ainda se faz sentir. As mulheres são maltratadas das mais diversas formas, agredidas fisicamente, moralmente e psicologicamente, muitas vezes sob o olhar dos filhos e o silêncio dos vizinhos, a quem falta coragem para denunciar e testemunhar dentro do principio popular de que "entre marido e mulher, não metas a colher"...
A mulher continua a ser vitima das mais variadas formas, não só de violência doméstica, descriminação, mas também de violação, não nos seus direitos como cidadãs, que também o são, mas de violação sexual.
As violações não acontecem apenas fora de casa, acontece com muita frequência nas pessoas que mais nos são próximas (pais, padrastos, tios, primos, amigos) são muitas vezes estes, que ganhando a confiança da família, usam a mesma, para se aproximar e violar.
Todos os anos são muitas as queixas de violação que chegam ao conhecimento das autoridades, mas muitas outras ficam pelo caminho devido à vergonha e ao sentimento de marginalidade, que elas sentem depois de uma violação.
Isto, para não falar nos malditos confrontos militares, queraas e guerrilhas... as notícias são sempre de arrepiar: 8.000 mulheres foram violadas na República Democrática do Congo no último ano, onde se sabe haver situações deploráveis, que muitas mulheres enfrentam diariamente. Quase metade das mulheres do mundo sofrem algum tipo de violência física e/ou sexual pelo menos uma vez nas suas vidas, enquanto em alguns países, o número chega aos 87 por cento.

Enquanto as leis forem feitas pelos homens, para servirem os homens, que ignoram na maior parte das vezes situações deste tipo, ao permitirem que os violadores andem à solta, em vez de lhes darem castigos exemplares, continuará a ser preciso um dia dedicado às mulheres para lembrar que continuam a não ser amadas e respeitadas...

Hoje,
eu quero deixar que,
a mulher sensível, delicada,
romântica, frágil...
seja vista e sentida!

Quero olhos que vejam
a minha fragilidade,
que me admirem por ser delicada,
e que não desejem que eu,
tenha que ser sempre forte!

Quero ser admirada, notada,
e quero que me queiram e protejam
por também ter um lado frágil.

Quero que me admirem por ser,
mulher na minha essência,
não só o lado leoa, mas
o lado beija-flor e também flor!
O lado que necessita do outro,
que também precisa receber!
Quero hoje... a fragilidade de ser
MULHER!!!