sábado, 15 de março de 2014

Renascer

Agora que terminou a folia carnavalesca, que foi um pequeno mergulho fora da realidade, voltámos à dureza do dia-a-dia, onde a fantasia que nos trouxe uma alegria diferente e especial já não existe, onde as máscaras e pinturas podem esconder o que realmente sentimos, onde estranhos se parecem amigos, pelo simples facto de viverem o mesmo momento.
Quando qualquer período festivo termina, vem a calmaria de dias normais com as cobranças diárias a que normalmente nos submetemos, dos objectivos a serem atingidos, da convivência com pessoas que temos dúvidas, das incertezas do amanhã e do sentimento de estar só e voltamos a questionar a nossa vida…
Agora, que estamos perto da Páscoa, é um caminho para uma festa diferente de uma alegria contida, é a festa do Cristianismo, ponto alto do ano litúrgico, lembrando provações e lutas contra a injustiça e morte que, dolorosamente persistem no mundo.
Certamente não é por acaso que a Primavera e a Páscoa apareceram juntas, num renascer que inunda a natureza e as nossas vidas.
A Primavera aparece florida, o sol espreita menos tímido e tudo se renova, gerando vida.
A Páscoa, é a vitória depois da morte, sobre o Outono e o Inverno das nossas vidas.
Aqui fica, nesta época pascal, um pensamento do filósofo e pintor Jean Guitton:
“Tudo se passa como se fôssemos feitos de outra coisa, para um futuro não realizado, para uma felicidade ainda não obtida, para um “outro mundo”, para uma “outra vida’, para uma libertação das aparências opressivas, para uma vitória sobre a morte… “
Sei demasiado bem, que amadurecer, é ver o infinito cada vez mais perto de nós.
PÁSCOA FELIZ!

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